Tecnologia de Reposição
Nossa espécie já aumentou a ordem "natural" de
nossas vidas por meio de nossa tecnologia: drogas, suplementos,
peças de reposição para virtualmente
todos os sistemais corporais e muitas outras invenções.
Já temos equipamentos para substituir nossos
joelhos, bacias, ombros, cotovelos, pulsos, maxilares,
dentes, pele, artérias, veias, válvulas
do coração, braços, pernas, pés
e dedos. Sistemas para substituir órgãos
mais complexos (por exemplo, nossos corações)
começam a funcionar. Estamos aprendendo os princípios
de operação do corpo e do cérebro
humanos e logo poderemos projetar sistemas altamente
superiores, que serão mais agradáveis,
durarão mais e funcionarão melhor, sem
serem suscetíveis a panes, doenças e
envelhecimento.
A VERSÃO 1.0 DE NOSSOS CORPOS É LIMITADA,
GUARDA ALGUNS MINUTOS DE OXIGÊNIO EM NOSSO SANGUE;
A VERSÃO 2.0 TERÁ RESERVAS BEM MAIORES
A artista
Natasha Vita-More é pioneira em um
design conceitual de um sistema assim, chamado "Primo
Posthuman" [saiba mais no site www.natasha.cc/primo.htm,
projetado para mobilidade, flexibilidade e longevidade.
Ele dispõe de inovações como um
metacérebro para conexão global em rede
dotado de uma prótese de neoneocórtex
de inteligência artificial entremeada com nanorrobôs;
pele inteligente que é protegida contra o sol
e biossensores para mudança de tom e textura,
além de sentidos altamente aguçados.
Nós não projetaremos o corpo humano versão
2.0 de uma vez só. Será um processo contínuo,
que já está em andamento. Apesar de a
versão 2.0 ser um grande projeto, que por fim
resultará em uma melhora radical de todos os
nossos sistemas físicos e mentais, nós
a implementaremos a um passo benigno de cada vez. Baseados
em nosso conhecimento atual, nós já podemos
tocar e sentir os meios para atingir cada aspecto dessa
visão. Dessa perspectiva, retornemos a uma consideração
do sistema digestivo. Nós já temos uma
imagem razoavelmente abrangente daquilo que constitui
a comida que ingerimos. Nós já temos
os meios para sobreviver sem comer, usando alimentação
intravenosa (para pessoas incapazes), apesar de esse
ser claramente um processo desagradável, dadas
as limitações atuais em nossas tecnologias
para pôr e retirar substâncias da corrente
sanguínea. A próxima fase de desenvolvimento
será em grande parte bioquímica, na forma
de drogas e suplementos que bloquearão a absorção
calórica excessiva e de outra forma reprogramarão
os caminhos metabólicos para uma saúde
otimizada. Nós já temos o conhecimento
para evitar a maior parte das etapas de doenças
degenerativas, como as do coração, derrames,
diabetes do tipo 2 e câncer, por meio de programas
abrangentes de nutrição e suplementação.
Vejo nosso conhecimento atual como uma ponte para o
completo florescimento da revolução biotecnológica,
que por sua vez será uma ponte para a revolução
nanotecnológica.
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