Ser Humano Versão 2.0 |
 |
Interface
robótica |
Partes
desta seção:
- Como conectar
equipamentos eletrônicos a neurônios?
- O que a conexão
citada anteriormente pode acarretar?
- Segundo o texto, qual
a evolução dos
computadores?
- Computação em
2020
|
Como
conectar equipamentos eletrônicos a neurônios?
Tecnologia semelhante foi usada para reorganizar
neurônios
de sanguessugas e coagir esses neurônios a resolver
simples problemas lógicos e aritméticos.
Cientistas agora experimentam um novo design, chamado de "pontos
de quantum", que usa minúsculos cristais de
material semicondutor para conectar equipamentos eletrônicos
a neurônios.
Esses desenvolvimentos nos oferecem
a promessa de reconectar caminhos neurológicos quebrados
para pessoas com dano no sistema nervoso e ferimentos na
coluna vertebral. Havia muito tempo que se acreditava que
isso só seria realizável em pacientes feridos
recentemente, uma vez que os nervos gradualmente se deterioram
se não utilizados.
|
Voltar
ao Topo |
O
que a conexão citada anteriormente pode acarretar?
Uma descoberta recente, entretanto, mostra
a possibilidade de um sistema neuroprostético para pacientes com
antigas lesões na coluna vertebral.
Pesquisadores
na Universidade de Utah pediram a um grupo de quadriplégicos
de longa data que movessem seus membros em um certo número
de modos e então observaram a resposta de seus
cérebros por meio de ressonância magnética.
Apesar de os caminhos neurais para seus membros estarem
inativos havia anos, o padrão de atividade cerebral
quando tentavam mover seus membros se mostrou muito próximo
do observado em pessoas que não portam deficiências
físicas.
Seremos capazes, portanto, de colocar
sensores no cérebro de uma pessoa paralisada,
que serão programados para reconhecer os padrões
cerebrais associados com os movimentos desejados, podendo
então estimular a sequência apropriada de
movimentos musculares.
Para pacientes cujos músculos
não mais funcionam, já há projetos
de sistemas "nanoeletromecânicos" (NEMS,
em inglês) que podem se expandir e contrair para
substituir músculos danificados e podem ser ativados
por nervos reais ou artificiais.
|
Voltar ao Topo |
Segundo
o texto, qual a evolução dos computadores?
Estamos
ficando cada vez mais íntimos de nossa
tecnologia. Os computadores começaram como grandes
máquinas em salas com ar-condicionado, controlados
por técnicos com jalecos brancos. Subsequentemente,
foram para nossas mesas, para debaixo de nossos braços,
agora para nossos bolsos.
Logo, os poremos rotineiramente
dentro de nossos corpos e cérebros. Por fim nos
tornaremos mais não-biológicos do que biológicos.
A obrigatória necessidade e os benefícios
de superar doenças graves e deficiências
manterão essas tecnologias em rápida evolução,
mas aplicações médicas representam
apenas a fase de adoção inicial. À medida
que as tecnologias forem se estabelecendo, não
haverá barreiras que impeçam seu uso para
expansão do potencial humano.
Da forma como vejo,
expandir o nosso potencial é o que melhor nos
distingue como espécie. Além disso, todas
as tecnologias subjacentes estão se acelerando.
O poder da computação cresceu em uma taxa
de dupla exponencial por todo o século passado
e continuará a fazê-lo neste século
por meio da computação tridimensional.
As bandas de comunicação e o ritmo da engenharia
reversa do cérebro também se apressam.
Enquanto isso, de acordo com meus modelos, o tamanho
da tecnologia está diminuindo numa taxa de 5,6
por dimensão linear por década, o que tornará a
nanotecnologia onipresente na década de 2020.
|
Voltar ao Topo |
Computação
em 2020 |
 |
Empresa
Microvision |
Ao
final desta década, a computação
desaparecerá enquanto tecnologia separada,
que precisamos carregar conosco. Teremos rotineiramente
imagens em alta resolução abrangendo
todo o campo visual projetadas diretamente em
nossas retinas a partir de nossos óculos
e lentes de contato (o Departamento de Defesa
dos EUA já usa tecnologia similar da empresa
Microvision). Estaremos conectados sem fio em
altíssima velocidade com a internet permanentemente.O
equipamento eletrônico para isso estará embutido
em nossas roupas.
Aproximadamente em 2010, esses computadores altamente pessoais permitirão
que nós encontremos uns aos outros em total imersão visual e auditiva,
em ambientes de realidade virtual, assim como aumentarão nossa visão
com informações específicas relativas ao local e ao horário
a todo instante.
Em 2030, a eletrônica utilizará circuitos do tamanho de moléculas,
a engenharia reversa do cérebro humano terá sido concluída
e os bioMEMS terão evoluído para bioNEMS (sistemas biológicos
nanoeletromecânicos). Será rotineiro ter bilhões de nanorrobôs
cruzando os capilares de nossos cérebros, comunicando-se entre si (por
meio de uma rede local sem fio), com nossos neurônios biológicos
e com a internet. Uma aplicação será permitir imersão
total em realidade virtual, abrangendo todos os nossos sentidos.
Quando quisermos entrar em um ambiente virtual, os nanorrobôs substituirão
os sinais obtidos por nossos sentidos reais por sinais que o nosso cérebro
receberia se estivesse de fato no ambiente virtual. Nós teremos uma miríade
de ambientes virtuais a escolher, incluindo desde mundos terrenos com os quais
estamos familiarizados a mundos que não têm reflexo na Terra. Seremos
capazes de ir a esses locais virtuais e ter todo tipo de interação
com outras pessoas reais (ou simuladas), de encontros de negócios a situações
eróticas. Na realidade virtual, não estaremos restritos a uma única
personalidade, já que seremos capazes de mudar nossa aparência e
nos tornar pessoas diferentes.
"Carregadores" levarão
todo seu fluxo de experiências sensoriais
assim como os correlatos neurológicos
de suas reações emocionais na web,
do mesmo modo que hoje as pessoas carregam imagens
de seus quartos a partir de suas webcams. Um
passatempo popular será o de se ligar
no raio emocional-sensorial de alguém
e experimentar o que é ser outra pessoa,
como no filme "Quero Ser John Malkovich" [de
1999, dirigido por Spike Jonze". Haverá também
uma vasta seleção de experiências
arquivadas a escolher. O design de ambientes
virtuais e a criação de experiências
de imersão total se tornarão novas
formas de arte.
A aplicação mais importante dos nanorrobôs de 2030 será literalmente
expandir nossas mentes. Estamos hoje limitados a meras centenas de trilhões
de conexões entre neurônios; seremos capazes de aumentá-las
adicionando conexões virtuais por meio da comunicação
entre nanorrobôs. Isso nos proporcionará a oportunidade de expandir
amplamente as nossas habilidades de reconhecimento de padrões, nossas
memórias e a capacidade de pensar de um modo geral, assim como a capacidade
de nos comunicarmos com formas poderosas de inteligência não-biológica.
É importante ressaltar que uma vez que a inteligência não-biológica
consiga entrar em segurança em nossos cérebros (um limiar que nós
já cruzamos), ela crescerá exponencialmente, como é próprio
da natureza acelerante das tecnologias baseadas em informação.
Um cubo de uma polegada de aresta composto de circuitos de nanotubo (que já funciona
em escalas ainda menores em laboratórios) será no mínimo
um milhão de vezes mais poderoso do que o cérebro humano.
Em 2040, a porção não-biológica de nossa inteligência
será muitíssimo mais poderosa do que a parte biológica.
Será, entretanto, ainda parte da civilização homem-máquina,
tendo derivado da inteligência humana, isto é, sido criada por
humanos (ou por máquinas criadas por humanos) e baseada ao menos em
parte na engenharia reversa do sistema nervoso humano.
[O físico" Stephen Hawking comentou recentemente na revista alemã "Focus" que
a inteligência dos computadores ultrapassará a humana em algumas
décadas. Ele advoga que desenvolvamos "o mais rápido possível
tecnologias que tornem viável a conexão direta entre cérebro
e computador, para que cérebros artificiais contribuam para a inteligência
humana, ao invés de se oporem a ela". Hawking pode se reconfortar
com o fato de que o programa de desenvolvimento que ele recomenda já está bem
encaminhado.
|
|
Voltar ao topo |
|
 |
|